Programa de pós-graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal

Mestrado Profissional 

InstagramYouTubeFacebookLinkedIn

Objetivos

Objetivos (geral e específico)


O conjunto de conhecimentos a serem compartilhados na atual proposta de Programa de Pós-Graduação do Mestrado Profissional pela FZEA/USP deverá atender, de modo geral, à demanda de formação de pesquisadores para atuarem no mundo corporativo e ou no mercado. Pretende-se que, ao final, o profissional deva receber uma base de informações que proporcione importantes esclarecimentos para: 


a) Conhecer os mecanismos para assegurar a proteção do conhecimento e da tecnologia, de modo a transformar os resultados das ideias inovadoras em valor agregado para a sociedade e a expressão e a aplicação para as oportunidades de desenvolvimento sócio econômico para o País; 


b) Ampliar o conhecimento sobre instrumentos de planejamento e gestão em CT&I e das fontes de recursos disponíveis junto ao Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, de forma a potencializar os resultados da geração do conhecimento científico, nos diferentes tipos de atividades ligadas à área do agronegócio; 


c) Desenvolver visão empreendedora e pró-ativa, agindo como multiplicador da capacidade de contribuir positivamente para toda a sociedade na geração de resultados econômicos e empregos em seu segmento com a adequada adoção de soluções técnica, social e economicamente viáveis.


De um modo mais específico, este Programa, na modalidade de MESTRADO PROFISSIONAL, tem por objetivo a formação de capital humano qualificado para o desenvolvimento sócio econômico, científico-tecnológico e cultural do país, atuando para:


a) Formar e capacitar profissionais qualificados para o exercício da prática profissional avançada e transformadora de procedimentos em todos os elos que configuram o agronegócio pecuário, visando atender demandas sociais, organizacionais ou profissionais e do mercado de trabalho nesta área;


b) Formar e capacitar profissionais qualificados para transferir conhecimento para a sociedade, atendendo demandas específicas e de arranjos produtivos com vistas ao desenvolvimento nacional, regional ou local focadas no agronegócio; 


c) Formar e capacitar profissionais qualificados para promover a articulação integrada da formação profissional com entidades demandantes de naturezas diversas, visando melhorar a eficácia e a eficiência das organizações públicas e privadas por meio da solução de problemas e geração e aplicação de processos de inovação apropriados; e, finalmente 


d) Formar e capacitar profissionais qualificados para contribuir como pesquisadores para a agregação final de competitividade e aumentar a produtividade em empresas ou, organizações públicas e privadas.

Nesse contexto, cabe enfatizar o artigo 27 das Disposições Finais da Lei 10.973/93 (Lei da Inovação) que dispõe que as ICT (Instituições científicas e tecnológicas) que contemplem o ensino entre suas atividades principais deverão associar, obrigatoriamente, a aplicação do disposto nesta Lei a ações de formação de recursos humanos sob sua responsabilidade. 

Resumo do Histórico e Contextualização do Programa

Chamamos a atenção para o seguinte aspecto: o Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal, da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA)/Universidade de São Paulo (USP), foi aprovado pelas instâncias internas da USP e foi recomendado pela CAPES para início de suas atividades no final de 2012 e a Comissão Coordenadora do Programa foi empossada no dia 20 de fevereiro de 2013. O Programa está inserido na grande área de Administração na CAPES e deverá sofrer sua primeira avaliação no quadriênio 2013/16. O primeiro processo seletivo para candidatos ao Programa foi finalizado em 11 de junho de 2013 e a aula inaugural, no Anfiteatro do Prédio Central do Campus da USP de Pirassununga com os primeiros 15 alunos matriculados, ocorreu em 26 de julho de 2013. Continuamos tendo absoluta consciência que há muito trabalho para amadurecer os resultados do referido Programa e que se necessita, ainda, grande esforço pessoal e coletivo da equipe de Docentes Orientadores, Discentes e Pessoal de Apoio para que venhamos a atingir todos os objetivos planejados. No entanto, toda a equipe envolvida, conjuntamente com o grupo de discentes, percebe que a proposta do Programa já é uma realidade em termos da Pós-Graduação da FZEA/USP em que o mesmo está inserido. Terminamos o ano de 2016 com a seleção de mais 22 novos estudantes. Isto faz com que o Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Inovação na Indústria Animal assumirá, no início do ano de 2017, a primeira posição entre os Programas existentes na FZEA/USP (além do nosso existem mais quatro Programas com mestrado e doutorado de natureza acadêmica) quando se contabiliza apenas o número ativo de estudantes de mestrado. Isso demonstra demanda real e interesse de público alvo bastante diferenciado. Diversas informações podem ser visualizadas em nossa seção de estatísticas desta página. Iniciaremos o próximo ano com 80 alunos ativos, 18 defesas de mestrado e apenas quatro alunos que evadiram nos quatro primeiros anos.


Com relação ao contexto que se deu a gênese do Programa é preciso considerar que a dinâmica de desenvolvimento da economia mundial, nos tempos atuais, vem sendo fortemente influenciada pela consolidação de um novo paradigma técnico-econômico, onde a globalização da economia leva o setor produtivo a um esforço crescente na busca da competitividade. O binômio conceitual “inovação-competitividade”, neste contexto, constitui-se um elemento fundamental para a modernização do parque produtivo nacional, com vistas à ampliação de sua participação no comércio internacional de bens e serviços. A aceleração do processo de globalização e a intensificação das relações comerciais na maioria dos blocos econômicos têm provocado um alto padrão de competitividade e de organização por parte das empresas e países com vocação no agronegócio. Esse cenário tem produzido diversas oportunidades ao Brasil para se consolidar como um dos principais produtores e exportadores de carnes, lácteos e derivados, com forte tendência de se firmar, de forma inequívoca, como um dos maiores atores dessa cadeia internacional, cada vez mais globalizada. O segmento de produtos de origem animal no Brasil já é o responsável pelo maior número de empregos no agronegócio de nosso país e movimentou em 2015 cerca de R$ 230 bilhões/ano, somadas as principais commodities (carnes bovina, suína e de aves, pescados, leite e derivados).


Por um lado, desde a década de 1980, o setor que congrega a cadeia do agronegócio brasileiro passou por profundas transformações relacionadas com a tecnologia e a escala das empresas agropecuárias, com nítida reorganização do segmento agroindustrial, inclusive com arranjos específicos exitosos, dependendo das características da área geográfica a ser considerada e da atividade em questão. Neste período, o complexo que envolve esses segmentos se transformou em forte exemplo de diferenciação e segmentação de mercados, tornando-se uma das áreas do agronegócio brasileiro com maior dinâmica de crescimento. Por outro lado, a geração do conhecimento científico e tecnológico, sua proteção e sua transformação em inovação são essenciais para promover o ciclo virtuoso e sustentável do desenvolvimento econômico, social e cultural do País. Neste contexto, a disseminação de um modelo interativo do processo de inovação faz-se necessário, tendo em vista as novas formas de atuação das instituições e atores envolvidos no Sistema de Ciência e Tecnologia nacional, e especialmente paulista, em que a função de financiamento pode ser compartilhada por tradicionais agências de fomento em parceria com grandes empresas, assim como se expandiu a participação do setor privado no desenvolvimento de soluções compartilhadas com as instituições públicas de ensino e/ou pesquisa. O Brasil vive um favorável ciclo de crescimento, neste segmento, que demanda cada vez mais conhecimento e inovação a fim de assegurar, definitivamente, sua posição privilegiada dentro da nova ordem do agronegócio mundial. A tendência de agregar mais valor aos processos, produtos e serviços do setor do agronegócio brasileiro deverá se concretizar em incalculável benefício para a nossa sociedade no futuro.


Cabe registrar que o Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal, da FZEA/USP, iniciou o Mestrado Profissional com o conceito 3 e estamos todos (docentes e discentes) compromissados para buscarmos um novo patamar de conceito (4), mais condizente com a qualidade e a geração de resultados que estão previstos no Programa para os próximos anos do quadriênio.


Como principal meta do Programa, busca-se formar profissionais pesquisadores e docentes de nível diferenciado para desenvolver atividades científicas e tecnológicas de excelência na área de gestão e inovação em toda a extensa cadeia de negócios em que está inserida a indústria animal, auxiliando na qualificação de capital humano para o crescimento sustentável da agropecuária e agroindústria brasileira. A grande maioria dos primeiros alunos nos quatro primeiros anos do Programa tem vínculo empregatício com organizações públicas e privadas, e atuam profissionalmente no segmento alvo.


O Programa encontra-se dividido em duas grandes linhas de atividade científico/tecnológica: (i) Gestão na Indústria Animal, e; (ii) Inovação na Indústria Animal. Em coerência a estas linhas de atividade científico/tecnológica, mais de vinte (20) projetos de pesquisa, com características abrangentes, estão em andamento pelos Docentes do Programa, os quais são, na sua maioria, financiados pelas agências de Fomento como BNDES, CNPq, FAPESP e Ações Transversais com a FINEP, MCT&I e CT-AGRO, além de financiamento por empresas privadas e representações setoriais ligadas ao agronegócio brasileiro. Estas ações têm permitido aos Orientadores do Programa: (a) melhorar a infraestrutura relacionada à pesquisa; e, (b) melhorar a quantidade de publicações em periódicos de qualidade.


O Programa contabiliza, em 2016, com 19 docentes (quinze orientadores plenos e 4 orientadores específicos ou pontuais em fase de credenciamento), sendo sete (9) Associados (com concurso público de Livre Docência) e dez (10) Doutores, responsáveis por ministrar vinte e cinco (25) disciplinas, distribuídas nas duas linhas anteriormente citadas.


Quase todas as disciplinas do Programa têm sido oferecidas anualmente, sendo aceito em situações excepcionais e justificadas, o oferecimento bianual.


Os Docentes deste Programa têm formação acadêmica diversificada dentro da área do Agronegócio, propiciando abordagem multidisciplinar na área de concentração. Para favorecer a formação dos alunos do Programa, propostas de estímulo à publicação de resultados de pesquisa foram adotadas ao longo dos primeiros anos do Programa.


O novo Regulamento do Programa foi publicado em setembro de 2014, baseado nas referidas propostas de melhoria foi revisto para atender as novas diretrizes de qualidade exigidas pela USP/CAPES.

Em 2016, todos os 15 Docentes Permanentes do Programa atuaram em regime de dedicação integral à docência e pesquisa (RDIDP), ministrando aulas nos cursos de Graduação e Pós-graduação. A produção científico/tecnológica tende a aumentar vigorosamente nos próximos anos pois, atualmente, os Docentes Orientadores do Programa estão envolvidos em cerca de sessenta (60) projetos de pesquisa, cinco (5) projetos de desenvolvimento e dezessete (17) projetos de extensão. Além disso, a produção vinculada (obtida em conjunto com seus orientados) tende a aumentar muito a partir de 2016, com a intensificação das defesas de dissertações do mestrado profissional. 

Resumo da Proposta Curricular e das linhas de atuação científico/tecnológicas

Segundo o regimento da USP, bem como para ser avaliado pela CAPES, qualquer proposta para implementação de um novo Programa de Pós-Graduação pode ser feita independentemente do nível do curso, desde que se atendam aos requisitos e condições gerais, adequados aos critérios e parâmetros específicos da área ou campo de conhecimento a que se vinculam. São requisitos da CAPES:


a) Comprometimento institucional requerido para o êxito da iniciativa;


b) Clareza e consistência da proposta;


c) Competência técnico-científica para a promoção do curso;


d) Núcleo de Docentes necessário para a garantia de regularidade e qualidade das atividades de ensino, pesquisa e orientação;


e) Infraestrutura de ensino e pesquisa adequada para as atividades previstas.


A FZEA considera que todos os requisitos acima estão contemplados no presente Programa, ressaltando-se que uma relativa parcela dos 15 Docentes Permanentes tem experiência prévia em Pós-Graduação e excelente qualificação acadêmica e ou de mercado para orientar no curso de Mestrado Profissional.


O novo Programa de Pós-Graduação em GESTÃO e INOVAÇÃO na INDÚSTRIA ANIMAL, em nível de Mestrado Profissional, propõe complementarmente como política inclusiva, a busca da colaboração de professores responsáveis pelas disciplinas e orientadores os quais devam possuir perfil adequado para atender uma demanda mais específica do público alvo que está ligado mais à dinâmica de mercado e que não necessariamente são os mesmos que estão ligados a Programas de Pós-Graduação de caráter acadêmico, já existentes, ampliando com isso a futura produtividade agregada dos Docentes da FZEA/USP.


Desta forma, o Programa conta com uma área de concentração em GESTÃO E INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA ANIMAL, inexistente nos Programas de Pós-Graduação da Unidade, para a formação de pesquisadores com duas linhas de atuação científico/tecnológica, a saber: a) GESTÃO NA INDÚSTRIA ANIMAL, que enfoca aspectos de desenvolvimento de recursos humanos com formação tecnicista, mas que necessitam desenvolver visão sistêmica com forte viés negocial e empreendedor, para dedicarem-se à administração, marketing, gestão da qualidade e distribuição de produtos da cadeia produtiva formada por empresas da indústria animal; e, b) INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA ANIMAL, que enfoca aspectos de desenvolvimento de soluções de natureza tecnológica, de processos e de produtos, abrangendo várias especializações com foco nos diversos elos da mesma cadeia de negócios. Em ambas as áreas de concentração, os programas de capacitação serão estimulados para a consecução de dissertações, planos de negócio e processos que envolvam aspectos de inovação, propriedade intelectual, registro de marcas e patentes.


O Programa oferece treinamento de alto nível nas seguintes áreas: economia agroindustrial, gestão e empreendedorismo no agronegócio; tecnologia e inovação no agronegócio, distribuídas dentro de sua área de concentração proposta.


A duração do Programa, compreendendo a apresentação do trabalho de conclusão do curso, não poderá ter menos de doze (12) meses nem exceder trinta e seis (36) meses. O aluno que cumprir todas as exigências do Programa receberá o título de Mestre em Ciências, na área de concentração de Gestão e Inovação na Indústria Animal. Para tanto, o estudante necessita satisfazer às seguintes exigências: a) Completar, no mínimo, 36 créditos em disciplinas aplicadas a Pós-Graduação, com conceito igual ou superior a C sendo que pelo menos 18 (dezoito) créditos deverão ser obrigatoriamente obtidos na área de concentração; b) É facultativa a obtenção de até 8 (oito) créditos, em disciplinas que não constem da relação das disciplinas da área de concentração ou de domínio conexo, que sejam consideradas importantes ao plano de estudo de um determinado estudante, desde que aprovado pelo Conselho de Pós-Graduação; c) Cursar adicionalmente 10 créditos em disciplinas obrigatórias do Programa; d) Atender às exigências de frequência do Programa de no mínimo 75%; e) Preparar e defender uma dissertação ou trabalho de valor equivalente e nela ser aprovado. 

Resumo da matriz de disciplinas oferecidas

 A matriz curricular de disciplinas do novo Programa de Pós-Graduação da FZEA/USP, no âmbito do Mestrado Profissional, abriga vinte e cinco (25) disciplinas com quase a totalidade da carga horária de 60 horas totais para cada disciplina, divididas em 40 horas oferecidas de atividades dentro de sala de aula e 20 horas de atividades complementares extra sala.


Pretende-se, oferecer um conjunto compacto de disciplinas, o qual possibilita considerável interação entre os Docentes ministrantes, com o melhor aproveitamento das competências. É esperado que, com o amadurecimento do Programa, ocorra uma evolução/adaptação no quadro de disciplinas, que contemplem temas complementares ao perfil dos ingressantes e demandados pelo mercado.


É importante enfatizar que todos os Programas de Mestrado Profissional da USP almejam oferecer aos seus alunos, a partir de 2017, a possibilidade de também cursarem disciplinas já existentes em outros Programas de Pós-Graduação, tanto da USP como de outras Instituições de Ensino Superior, respeitando-se o limite regimental de aproveitamento de créditos realizados em outros Programas e a especificidade de formação na área pretendida da dissertação.

Confira as disciplinas a serem oferecidas com o nome dos responsáveis aqui:

Disciplinas credenciadas

Disciplinas oferecidas

Estatísticas

Experiências Inovadoras de Formação

O caráter inovador da proposta do Programa se sustenta em seis pontos principais, a saber:


1) Conta com um grupo de professores-pesquisadores com experiência acadêmica e profissional, originado em algumas unidades da USP com visões diferentes e complementares, fato este fundamental para promover ciência e tecnologia atualmente, já que a grande maioria das linhas de atuação científico/tecnológicas é multidisciplinar e, no caso do Mestrado Profissional, com visão complementar voltada para resultados imediatos na cadeia produtiva;


2) Possibilidade de interação com linhas de atuação que enfoquem inovação tecnológica e que estejam inseridas nas diversas áreas de trabalho dos demais Programas de Pós-Graduação já existentes;

3) A existência local de laboratório de gestão e empreendedorismo com estrutura de Incubadora de Empresas de Base Tecnológica dentro do agronegócio, potencializando os resultados na tentativa de transformar ciência em negócios e o consequente nascimento de spin-offs;


4) Algumas linhas de atuação científico/tecnológicas de Docentes Permanentes da proposta são inovadoras tendo como objeto de estudo: cadeias produtivas, logística na cadeia do agronegócio, gestão e empreendedorismo, dentre outras;


5) A maioria dos Docentes Permanentes do Programa em questão colabora em atividades administrativas e extensão universitária em conjunto com os pesquisadores e profissionais de outras Instituições, nacionais e internacionais;


6) O Programa conta com alguns Colaboradores de reconhecido saber que atuam diretamente na cadeia produtiva do agronegócio nos âmbitos nacional e internacional, agregando troca de experiências relevantes na capacitação dos estudantes.


Há que se destacar que a proposta do Programa possui um diferencial inovador que busca um resultado de ampliar a capacidade de seus egressos atuarem como agentes de inovação e transformação social. A estratégia que possibilita a presença de ambientes estimulantes para o estudo e a prática da inovação como um diferencial competitivo está presente na concepção do Programa. Embora o Brasil já tenha vivido, no recente passado, um ciclo mais favorável de desenvolvimento, é preciso que se busque, cada vez mais, a agregação de conhecimento e inovação, em seu termo mais amplo, a fim de assegurar, definitivamente, sua posição dentro da nova ordem econômica mundial. A tendência de agregar mais valor aos processos, produtos e serviços do setor do agronegócio brasileiro deverá se concretizar em incalculável benefício para a sociedade no futuro.


No âmbito das políticas públicas, passa-se a buscar um marco legal que torne o ambiente mais amigável para a cooperação entre os mundos acadêmico (institutos de pesquisa públicos e universidades) e empresarial. Desta forma, três são as naturezas de motivações que, não por coincidência, são afins cada qual a uma das dimensões da missão ternária da Universidade. A motivação primeira é de natureza educacional. Espaços estimulantes e relevantes de aprendizagem se abrem aos estudantes pela participação conscienciosa da Universidade em todos os elos do complexo processo de inovação tecnológica motivados pelo avanço da fronteira do conhecimento científico e tecnológico (science-driven innovation). O sistema de inovação derivado ocorre quando da junção do conhecimento gerado pela inovação nas empresas (market-driven innovation) é associado ao anterior com a contribuição de inventores independentes (Plonsky e Carrer, 2009).


A participação da Universidade em incubadoras, aceleradoras de negócios, parques tecnológicos e mecanismos assemelhados, enseja aos estudantes de pós-graduação e de graduação, adicionalmente, a singular oportunidade de vivenciar o processo de empreendedorismo inovador em marcha. A tendência no próximo quarto de século é que a incubação, como gênero, se torne parte natural do processo de ensino-aprendizagem em todas as áreas – humanas, biológicas e exatas (na taxonomia consagrada nos exames vestibulares).


Essas incubadoras universitárias são de espécies diversas – de empresas, de negócios, de projetos, de soluções sociais, de criações artísticas e outras tantas. O que há de comum entre elas é o foco na gestão dos processos que transformam ideias que sejam, ao mesmo tempo, qualificadas e criativas, em produtos e soluções reais, utilizados pela sociedade.


Neste sentido, a incubadora é, sob essa ótica, o terceiro espaço de ensino-aprendizagem da Universidade contemporânea. No espaço mais tradicional, a sala de aula, o(a)s estudantes são expostos metodicamente aos conhecimentos preexistentes e relevantes para a carreira de escolha. No segundo, o laboratório, espaço incorporado a partir do século 19, o alunado participa da encantadora atividade de produção de conhecimentos novos, não raro verdadeiramente originais. O terceiro, a incubadora, permite ao(à)s estudantes aprender a ciência e arte de combinar conhecimentos preexistentes e novos na geração de valor percebido pela sociedade, incorporado em bens e serviços. As incubadoras permitem, destarte, que o corpo discente vivencie integralmente, junto com seus docentes, o que se vem denominando de triângulo do conhecimento – que articula educação, pesquisa e inovação.


É preciso reforçar que a base operacional do Programa é constituída pelo laboratório didático denominado Centro de Inovação, Empreendedorismo e Extensão Universitária do Campus da USP – Pirassununga (UNICETEX) que é uma iniciativa do grupo de docentes da área de Ciências Sociais Aplicadas da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo e constitui-se como um grande laboratório de empreendedorismo e gestão de negócios da Unidade.


O grupo que forma o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Extensão Universitária (UNICETEX) em conjunto com os demais Orientadores do Programa buscam atualmente ampliar o desenvolvimento de atividades para complementar e sistematizar o trabalho de educação empreendedora realizado na FZEA. Também faz parte como laboratório de gestão e empreendedorismo para o Programa, a estrutura que funciona dentro do UNICETEX denominada Incubadora de Empresas do Agronegócio de Pirassununga (UNITec) que atende a demanda de estruturar uma “Incubadora de Empresas” de base tecnológica e de serviços especializados para o desenvolvimento de novas empresas e spin-offs locais. A participação direta de empreendedores incubados e pré-incubados na qualificação proposta no Programa de Mestrado Profissional, como parte dos alunos regulares (estima-se atualmente cerca de 25% do alunado do Programa) faz com que o resultado possa ser medido também na contribuição de uma nova geração de empresários, mais capacitados para enfrentarem o desafio de um mercado cada vez mais exigente e com desafios crescentemente globalizados. 

Infraestrutura do Programa

– Laboratórios


A principal base operacional do Programa proposto é constituída pelo laboratório didático denominado Centro de Inovação, Empreendedorismo e Extensão Universitária do Campus da USP – Pirassununga (UNICETEX) que é uma iniciativa de parte do grupo de Docentes da área de Ciências Sociais Aplicadas da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo e constitui-se como um grande laboratório de empreendedorismo e gestão de negócios.


O UNICETEX, pela reunião de talentos e sua capacitação, é o lócus proponente dessas ações com o objetivo de ser, em seu objetivo final, o facilitador dos processos de capacitação, formação e engajamento dos recursos humanos com base no comportamento empreendedor e desenvolvimento de perfil voltado para a inovação e a gestão de empresas.


O grupo que forma o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Extensão Universitária (UNICETEX) busca atualmente a consolidação de um Centro de Educação Empreendedora, para ampliar o desenvolvimento de atividades para complementar e sistematizar o trabalho de educação empreendedora realizado na FZEA/USP. Também fará parte como laboratório de gestão e empreendedorismo para o novo Programa, a estrutura que funciona dentro do UNICETEX denominada Incubadora de Empresas do Agronegócio de Pirassununga (UNITec) que atende a demanda de estruturar uma “Incubadora de Empresas” de base tecnológica e de serviços especializados para o desenvolvimento de novas empresas e spin-offs locais.


Cabe ressaltar que as equipes de diversas empresas incubadas da UNITec demonstram interesse em participar do quadro de estudantes do novo Programa. Diversos setores produtivos do Campus de Pirassununga (laticínio, matadouro-escola, fábrica de ração entre outros) estarão à disposição do Programa como fontes de estudos de caso que possibilitem a capacitação dos estudantes.


Outros laboratórios serão utilizados dentro da proposta de apoio ao Programa, tais como:


a) Laboratório de Física Aplicada e Computacional (LAFAC)Atua principalmente no paradigma cérebro-computador, realizando pesquisas em processamento digital provenientes da atividade elétrica cerebral em humanos e animais. Atua no desenvolvimento de instrumentação eletrônica inteligente e no estudo teórico e prático das redes neurais e artificiais. Conta com equipamentos de prototipação eletrônica; sistema digital de aquisição de sinais biológicos; sistema de gravação de microprocessadores e laboratório de desenvolvimento de softwares, além de analisador de espectro. Atua também, na área de rastreabilidade e monitoramento de animais, bem como na automatização de ambientes. Maiores detalhes podem ser observados em https://zab.fzea.usp.br/laboratorios-zab#h.2jlgjehqhunv.


b) Laboratório de Qualidade e Estabilidade de Carnes e Produtos Cárneos com desenvolvimento de produtos cárneos, avaliação da qualidade e estabilidade de carnes e derivados. Conta com texturômetro Warner-Bratzler, espectrofotômetro, pHmetro, balança semi-analítica, destiladores para análises de TBARS, termopares, forno elétrico, estufa BOD, freezer vertical;


c) Laboratório de Tecnologia de Sistemas de Embalagem;


d) Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal (LAE) com linhas de atuação no estudo da relação entre as ciências humanas e a animal e objetiva-se o entendimento da influência dos seres humanos e suas sociedades sobre a evolução da ciência animal, e como esta última contribui para o desenvolvimento da humanidade. Ainda promove estudo dos sistemas agroindustriais com a adoção de métodos científicos para descrição e realização de diagnósticos das cadeias agroindustriais, visando principalmente à qualidade final dos produtos, o ganho de eficiência, a competitividade e o bem-estar animal. Tais métodos consideram a visão sistêmica das cadeias, desde o setor de insumos, agropecuário, agroindustrial, distribuidor, atacadista e varejista. Desenvolvem-se, também, estudos de comportamento e demandas do consumidor dos produtos e serviços de origem animal. Além disso, realiza avaliação socioeconômica de projetos agropecuários e agroindustriais com a utilização de métodos científicos para avaliar a viabilidade financeira e o impacto social dos diferentes sistemas de produção animal, a partir da comparação entre raças/linhagens, manejos sanitários, dietas nutricionais e níveis tecnológicos de forma geral, estudo das estratégias de administração da produção e dos projetos de saúde animal; dos métodos qualitativos e matemáticos visando a otimização dos recursos naturais, humanos e de capital disponíveis; da logística de insumos e dos produtos, bem como da comercialização dos mesmos.

– Recursos de Informática


Cada vez mais as organizações consideram a tecnologia da informação (TI) e seus serviços como meios essenciais para o sucesso de uma estratégia, e não como um fim em si mesmo. Também admitem a necessidade do alinhamento da tecnologia aos processos da organização e com as questões relativas às pessoas.


O papel principal da área de TI é dar suporte à gestão do conhecimento. Seu desafio é identificar e/ou desenvolver e implantar tecnologias e sistemas de informação que apoiem os processos organizacionais e de comunicação do conhecimento.


Os recursos de tecnologia da informação evoluem constantemente e a FZEA vive um momento de notório crescimento. Impulsionada por essa demanda, toda a infraestrutura que a cerca evolui em dimensão e serviço. Nesse cenário, nos últimos anos, a infraestrutura da unidade tem se adequado no sentido de atender às demandas iminentes.


A Faculdade disponibiliza, para realização de aulas que necessitam recursos de informática, um Laboratório Didático de Computação com 56 computadores, permitindo a utilização de programas como o SAS, STATISTICA, MATLAB, AUTOCAD, dentre outros.


Todas as salas de aulas utilizadas no ensino da graduação e pós graduação têm um projetor ligado a um microcomputador em rede, e o serviço de Pós-Graduação (Secretaria) tem um notebook e um projetor portátil disponível para qualquer docente da Pós-graduação. Um outro ponto que deve ser destacado é a disponibilização de rede sem fio (USPnet sem fio) para os alunos de pós-graduação em qualquer prédio da FZEA/USP (inclusive alojamento e restaurante) o que permite acesso a periódicos, materiais bibliográficos, dentre outros.


De uma maneira geral, em 2015, a FZEA/USP disponibilizou aos usuários um parque computacional (incluindo a sala Pró-aluno) com 837 microcomputadores, 17 servidores de rede, 56 impressoras, 98 switches de acesso à rede de dados, 69 pontos de acesso de rede sem fio, 269 ramais telefônicos e 3657 pontos de rede distribuídos em 47 armários de telecomunicações em 39 Edifícios espalhados pelo Campus da USP em Pirassununga, desconsiderando a Prefeitura e as instalações da FMVZ/USP.


Em números de usuários, a infraestrutura de informática da FZEA atende cerca de 115 docentes, 145 servidores técnico administrativos, 1320 alunos de graduação, 330 alunos de pós-graduação e mais de 30 alunos especiais, totalizando praticamente 2.000 usuários potenciais.


Considerando o meio físico de rede de comunicação de dados no campus de Pirassununga, a infraestrutura principal é composta por cabos de fibra óptica monomodo. As redes locais são assentadas através de cabos de par trançado não blindado. Os padrões utilizados são o Fast Ethernet, Giga Ethernet e 10 Giga Ethernet com topologia física em estrela estendida. A rede está microsegmentada por switching nível dois e o campus conta com uma conexão de longa distância de 100 Mbps (Ethernet) com resiliência por agregação de link.


Atualmente, a FZEA dispõe de vários servidores de rede estabelecidos para oferecer inúmeros serviços, tanto aos administradores de rede como aos usuários finais. Os principais serviços são:


• Autenticação na rede USPnet sem fio para usuários FZEA
• Listas de correio eletrônico
• Antivírus centralizado
• Impressão centralizada
• Servidores de arquivos (Administração e Departamentos)
• Sistema de administração do parque computacional e de chamados técnicos
• De configuração automática de interfaces de rede
• Terminal Windows (Sala de Informática da Pós-graduação, Lab. Didático de Computação 02, Biblioteca, Lab. de Ciências Agrárias, Lab. de Análise Sensorial)
• Gerenciamento centralizado de senhas (AD)

O serviço de listas de correio eletrônico mantém 4126 assinaturas distribuídas em 30 listas. O domínio Windows Active Directory e o sistema de gerenciamento de chamados técnicos possuem 196 e 172 contas de usuários, respectivamente.


Através do serviço de autenticação na rede USPnet sem fio no domínio @fzea.usp.br foram realizados 31648 acessos de usuários no período de 2012 a 2013, por meio de 189 contas.

– Biblioteca


A Biblioteca da FZEA/USP, criada em 1992, é considerada a Biblioteca mais importante da região. Destaca-se pelo excelente acervo científico nas áreas de Zootecnia, Engenharia de Alimentos, Engenharia de Biossistemas, Engenharia de Materiais e Medicina Veterinária. A Biblioteca da FZEA/USP, é parte integrante do SIBi – Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, funciona de forma sistêmica e tem como missão a busca constante da informação para a satisfação de seus usuários.


Com o crescimento do acervo, concomitantemente com a expansão de vagas na Graduação e Pós Graduação, elaborou-se um plano de infraestrutura, com diagnóstico das condições atuais e futuras da infraestrutura da biblioteca da FZEA/USP, constatando-se a necessidade do investimento na ampliação da biblioteca. O atual prédio, com cerca de 1.453 m2, foi inaugurado em 2012.

Algumas Informações da Biblioteca da FZEA/USP em 2014:


– 117.606 usuários frequentaram a Biblioteca, com média diária de 588 usuários, alcançando cerca de 1.050 usuários/dia em épocas de provas;
– Atende cerca de 1.730 usuários em potencial (internos/externos);
– Disponibiliza 14.798 volumes de livros, 1.303 teses, 213 multimeios, 46.918 fascículos de periódicos e 4.203 trabalhos de eventos, totalizando um acervo de 67.435 volumes;
– Cadastrou no Dedalus 750 registros da Produção Científica Docente da FZEA, totalizando 7.605 trabalhos desde 1992;
– Foram consultados 23.680 volumes de livros, teses, eventos, trabalhos de graduação e multimeios do acervo e emprestados 14.531 volumes;
– Atendeu 139 pedidos e efetuou-se 410 solicitações de Empréstimos entre Bibliotecas;
– Disponibiliza 191 assentos para os usuários.

Disponibiliza aos usuários 20 microcomputadores e 1 scanner paraacesso à e-books e audiolivros, à revistas eletrônicas via Portal de Periódicos da CAPES e Assinaturas USP (www.usp.br/sibi), à teses e dissertações online e obras raras digitalizadas.


O prédio também disponibiliza acesso à rede via wireless, facilitando o acesso às plataformas de pesquisa citadas anteriormente além de acesso às bases de dados específicas de cada área e ao Banco de dados bibliográficos da USP – DEDALUS.


A Biblioteca possui convênios com a Academia da Força Aérea, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CEPTA-ICMBio), Centro Universitário Anhanguera, além de outras entidades de Ensino Superior, Públicas e Privadas da região.

Integração com a sociedade/mercado de trabalho

Para justificar o Programa de Pós-Graduação, do ponto de vista da demanda agregada por profissionais de nível superior que se alinham à proposta do mesmo, buscar-se-á caracterizar a região em que ele está inserido e seu potencial de ofertar este perfil. A cidade de Pirassununga possui localização privilegiada no estado de São Paulo, estando praticamente equidistante de cidades importantes do interior como Ribeirão Preto, Campinas, Piracicaba e São Carlos. Além disso, outras cidades que possuem Universidades ou Centros Universitários como Leme, Araras, Descalvado, Limeira, Rio Claro, São João da Boa Vista, Jaguariúna, entre outras, poderão se beneficiar do novo Programa de Pós-Graduação. Estima-se que pelo menos 150 grandes (entre elas a Nestlé, Danone, Ouro Fino, Perdigão, diversas fábricas de ração) e médias empresas (entre elas a VPJ, Agrindus, Cooperguaçu, Nutron) ligadas ao complexo de negócios com base nos produtos de origem animal têm sua sede a menos do que 150 quilômetros de distância do Campus de Pirassununga. O município de Pirassununga está situado entre duas grandes regiões metropolitanas (Campinas e Ribeirão Preto) e às margens da Rodovia Anhanguera, principal corredor de desenvolvimento do estado de São Paulo. Além disso, estão presentes diversas entidades de ensino e pesquisa no município, destacando-se o Campus sede da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo e a Academia de Força Aérea, instituições que trouxeram expressivo desenvolvimento para a cidade. O conjunto de potencialidades reunidos ao redor do Campus da USP de Pirassununga permite, ao longo do tempo, melhorar a competitividade das organizações locais no mercado. Portanto, investir em políticas públicas que visem à maior integração entre o âmbito acadêmico e o empresarial é de grande interesse para o progresso da região. O município de Pirassununga apresenta uma economia bastante diversificada, fundamentada na prestação de serviços, na indústria, na agropecuária e no turismo. Na agropecuária, os índices de produção e produtividade são considerados superiores às médias nacionais e paulistas. A oferta de espaços institucionais de CT&I e de apoio ao empreendedorismo nos municípios da região de Pirassununga tem elevado potencial com a infraestrutura instalada. Além disso, os Escritórios Regionais de São Carlos e de São João da Boa Vista, do SEBRAE/SP, atendem os municípios da região do projeto.


Muitas dessas Instituições de Ensino fazem parte do Fórum de Entidades de Ensino Superior que tem a coordenação da FZEA/USP e cujo Fórum tem o objetivo de integrar e potencializar ações de trabalho em conjunto. A relação de cursos localizados na região dá conta da quantidade de egressos (estimada em mais de 2.500/ano) em diferentes formações de nível superior que poderiam se beneficiar pela oferta do novo Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional oferecido pela FZEA/USP. Importante mencionar que esses municípios, ao todo, possuem população de 66.289 pessoas na faixa de 20 a 29 anos. 

Inserção social

O Mestrado Profissional apresenta o trinômio: pesquisa, ensino e extensão, de forma articulada mais fortemente que as experiências anteriores na esfera acadêmica, onde mais se integram o ensino e a pesquisa em detrimento da inserção e da inovação social. Este aspecto é o grande elemento diferenciador e principal em seu objetivo de formar recursos humanos Pós-graduados para atuar no mundo do trabalho e transformá-lo (FOPROF, 2011).


Dentro deste espírito, a Circular Normativa 02, de 16 de junho de 2011, da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo estimulou a implantação de novos Programas de Pós-Graduação, que oferecessem cursos de Mestrado Profissional. Essa ação decorreu do reconhecimento do Conselho de Pós-Graduação de que essa modalidade de curso é de grande relevância para o desenvolvimento da nossa Universidade e para a sociedade do entorno dos Programas, constituindo-se um importante espaço para a participação na Pós-Graduação de colegas professores com atuação e experiência no campo profissional. A referida Portaria ressaltou que esse tipo de curso recebeu estímulo do Governo Federal, coordenada pela CAPES, que passou a demandar, de maneira prioritária, para a implantação de novos cursos de Mestrado Profissional.


São claros os sinais para que a Universidade pública de excelência passe a oferecer opções de cursos de Pós-Graduação voltados para um público alvo muito bem definido e que atua diretamente nas empresas e organizações (públicas e privadas) buscando o aumento da eficiência das mesmas dentro do mercado. Este público alvo é formado por profissionais que podem contribuir para o fortalecimento dos setores governamentais, empresariais e da sociedade civil trazendo, para a universidade, a percepção do ambiente externo, em relação às necessidades desta sociedade.


No âmbito do Mestrado Profissional da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP), a qualificação de capital humano está centrada no sinergismo local existente entre os docentes que atuam na área de Ciências Sociais Aplicadas em conjunto com colegas que trabalham aspectos de Inovação Tecnológica da cadeia produtiva de alimentos de origem animal. Concorrem para o sucesso do Programa, as potencialidades físicas e de pesquisa integrada na área da cadeia de produtos de origem animal, em composição com os demais cursos de graduação e de pós-graduação integrantes desta área, que interagem no Campus de Pirassununga.


Quanto à formação superior destes alunos, encontram-se profissionais ligados às ciências agrárias (Zootecnistas e Veterinários), Biólogo, Administradores, Engenheiros (de alimentos, mecânico, elétrico, de materiais), Tecnologia e Processamento de Dados e da área de Ciência de Alimentos.


Como condição de seleção, todos possuem vínculo empregatício e são vinculados a empresas que atuam no setor, tais como: Monsanto, Ajinomoto, Danone, Solinova, Agroinova, Aviagen, SPF Palatability, DRF Consultoria e SEBRAE/SP, ou instituições de ensino superior como o Centro Universitário Anhanguera, Academia da Força Aérea e Centro Internacional de Formación Agropecuária.


Essa dispersão de perfis dos ingressantes, por si só já aponta para uma interessante inserção social, com 82% dos estudantes oriundos de outras instituições de ensino superior e de outras regiões do Estado de São Paulo que não àquela do Programa. Entre os primeiros alunos, QUATRO são estrangeiros: três colombianos e uma venezuelana.


Outro indicador de inserção social, do ponto de vista prático, decorre da possibilidade do Programa atender importante qualificação aos empreendedores vinculados à Incubadora de Empresas do Agronegócio (UNITec) inserida no Laboratório de Gestão, Empreendedorismo e Extensão Universitária (UNICETEX) da FZEA/USP, que tem desempenhado um importante papel na alavancagem de novos negócios sustentáveis na região. Seis alunos das primeiras turmas são empreendedores na UNITec.


Os docentes do Programa participam em parcerias, propiciando o desenvolvimento de projetos de pesquisa e de inovação tecnológica, financiados por várias Instituições Públicas (CAPES, CNPq, FAPESP, FINEP, FUNPEC/BNDES e FUSP) e Privadas (Ajinomoto, Alltech, Aviangen, etc.).

Além dessas atividades, os docentes também atuaram como Consultores Técnicos de Instituições Públicas (CAPES, CNPq, FAPESP, FINEP, Fundação Banco do Brasil) e Privadas.

Processo Seletivo

Arquivos Relacionados ao Processo Seletivo para o
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal
Mestrado Profissional


Edital CPG/FZEA 01/2024


Formulário de inscrição

Biblioteca - Dissertações